terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PIRATAS E CORSÁRIOS

Ontem depois de publicar meu artigo sobre pirataria recebi alguns telefonemas de amigos – e e-mails – perguntando-me sobre os tais “corsários” que eu citava no texto. Osório Almeida, radical como sempre, e sem papa na língua, disparou: “Barbosa, que diabo é esse tal de ‘corsário’ que eu não conheço”? Aí tive de explicar que é um termo criado por mim para diferenciar o trabalho de Tony Rocha, Jory e “paulista”, da classificação de “pirata”, por trabalharem com material destinado a colecionadores. O “pirata” geralmente trabalha com lançamentos – filmes comerciais, em sua maioria destinados a “galera” que curte sexo e violência, e sem muita qualidade no produto oferecido. Seus preços oscilando entre R$ 1,00 e R$ 3,00. Já os “corsários”, devido a qualidade infinitamente superior, seus preços são entre R$ 5,00 e R$ 15,00. Depois recorri ao site da Wikipédia para informar melhor ao meu visitante sobre os dois: pirata e corsário.
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Um pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizada em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos Piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.
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Atualmente o termo é utilizado para se referir à cópia não-autorizada e à distribuição ilegal de material sob
direito autoral, especialmente música, imagem, vestuário e software (warez), numa tentativa da indústria de associar indivíduos que realizam cópias não-autorizadas (obtendo lucro ou não) aos saqueadores de navios da idade moderna.


Um corso ou corsário era um pirata que, por missão ou carta de marca de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação, aproveitando o facto de as transacções comerciais basearem-se, na época, na transferência material das riquezas. Os corsos eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo por perturbar as suas rotas marítimas. Com os corsos, os países podiam enfraquecer os seus inimigos sem suportar os custos relacionados com a manutenção e construção naval. Teoricamente, um não corso com uma carta de marca poderia ser considerado como pirata, desde que fosse reconhecido pela lei internacional. Sempre que um navio corso fosse capturado, este tinha de ser levado a um Tribunal Almirantado onde tentava assegurar de que era um verdadeiro corso. Contudo, era comum os corsos serem apresados e executados como piratas pelas nações inimigas. Grande parte das vezes os piratas, quando apanhados pela suposta vítima, tentavam usar uma carta de corso ilegal. Por vezes, no seu país de origem, os corsos eram considerados autênticos heróis, tal como Sir Francis Drake, que, graças aos fabulosos tesouros que arrecadou para a Inglaterra, foi tornado Cavaleiro por Isabel I.
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Já durante as cruzadas, os corsários sarracenos eram chamados pelos cruzados de “corsários berberes”. Estes corsários estavam autorizados pelos seu governos a pilhar as rotas marítimas dos países cristãos. Inicialmente os corsários malteses lutavam pela religião, mas algum tempo depois as crescentes recompensas da pirataria atraíram mais ajuda. Rapidamente os corsários malteses se tornaram piratas experientes, sem interesse nos ideais religiosos.

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