segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PIRATARIA

O acontecimento da semana, em Natal, foi a apreensão, pela Polícia Federal, de CDs e DVs “piratas”. Cerca de um milhão de cópias foram parar sobre sete caminhões estrategicamente estacionados dando apoio à ação policial. Centenas de trabalhadores, chefes de famílias, que dependem deste meio de vida para sobreviverem no Brasil governado por “Lulinha boca suja”, perderam suas mercadorias e dinheiro. Prejuízo incalculável.

Há muito tempo venho tentando dá a minha opinião sobre o assunto, mas, diante da polêmica, evitava. Agora creio que chegou a hora. Todos os meus amigos mais chegados sabem da minha defesa a “piratas” e “corsários”, de um modo geral. Costumo dizer que esse tipo de comércio é que está salvando a cultura do país. Veja, por exemplo: recentemente uma importante loja de departamentos estava vendendo um “box” com quatro filmes estrelados por John Wayne - numa promoção - à R$ 59,90. Eu comprei de um “corsário” os mesmos quatro discos - cópias com excelente qualidade de gravação - por R$ 20,00. A primeira pergunta que não quer calar é: quem é o “pirata”? A segunda é: por que a Polícia Federal, ao invés de perseguir trabalhadores, não prendem o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e sua gangue de ladrões do dinheiro do contribuinte? Por que não prendem os vereadores envolvidos na "Operação Impacto", em Natal? Por que não prendem o filho da governadora do Rio Grande do Norte, e outras 12 pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha envolvida em fraudes em licitações, desvio de verbas públicas e corrupção? Por que não prende Cida França, ex-secretária municipal de saúde, que sob sua gestão, toneladas de caixas de medicamentos, inválidos, foram jogadas no lixo, por não terem sido distribuídas a população necessitada? Isto é CASO DE POLÍCIA.
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Defendo que “piratas” deveriam sim, receber o reconhecimento do governo como importantes parceiros na cultura de uma nação sem cultura. E aproveito o momento para deixar meu veemente protesto pela ação policial, e minha solidariedade aos comerciantes prejudicados.
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Em tempo: grande parte do acervo de filmes antigos é de domínio publico. Ou melhor: domínio de meia dúzia de três ou quatro privilegiados.

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