sábado, 12 de setembro de 2009

UM MUNDO ANIMADO

Esses dias um colega de trabalho se aproximou lamentando as dificuldades que a vida nos oferece. Concluindo a lamúria dizendo: "Se a vida fosse como os desenhos animados, seria uma delícia..." E relembrou cenas de Pica-Pau - seu fiel companheiro, o cavalo Pé de Pano - e outras entre Frajola e Piu-piu. Costumo dizer que sou do tempo em que desenho animado era "animado". Ou seja: não havia essa angústia de matar ou a aflição de ser procurado e morto. Como ocorre nos desenhos atuais. Tínhamos diversão: gargalhadas, prazer, e uma combinação criatividade-educação-entretenimento.
Não estou bem certo, mas, no cinema, o meu primeiro foi Aristogatas (The Aristocats, 1970); num domingo à tarde no Cine Olde (em 1974, se não me falha a memória e as anotações do fichário). Também vi Branca de Neve e Os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs, 1937). Dumbo (idem, 1941), no luxuoso Cine Nordeste, ou no Panorama (sinceramente, não lembro agora!). Aladim (Aladdin, 1992) e O Rei Leão (The Lion King, 1994), foram os dois últimos em que eu vi no cinema - em um shopping (detesto cinema de shopping!).

Em 1990, em plena era do vídeo, pude ver A Dama e o Vagabundo (Lady and tire Tramp, 1955), A Bela Adormecida (Sleeping Beauty, 1959), A Bela e A fera (Beauty and the Beast, 1991), Cinderela (Cinderella, 1947?), Bambi (idem, 1942), Alô Amigos (Saludos Amigos, 1942,), Você já foi à Bahia? (The Three Caballeros, 1944), Peter Pan (1953), Pinóquio (1940), Alice no País das Maravilhas (1951), e Fantasia (idem, 1940); entre outros. Todos da Disney.
Pela televisão, eu me lembro bem que o primeiro foi OS JETSONS - na segunda metade dos anos 60, no preto & branco da TV Tupi - e toda a "galera" dos gênios Joseph Barbera e William Hanna (Hanna & Barbera, como eram conhecidos no nosso mundo infantil): MANDA-CHUVA e sua turma - Espeto, Chuvisco, Batatinha, Bacana e Esperto; além do guarda Belo, claro. Sem esquecer a contagiante música de abertura "... Não gosta de trabalhar, é um trapalhão. Este gato só pensa em fazer confusão, Manda-Chuva, o chefe, chegou! Hei!". ZÉ COLMÉIA e o simpaticíssimo, e sempre coerente, companheiro Catatau ("Não alimentem os ursos!", recomendava Chico. Zeloso Guarda Florestal do Parque Yellystone). O educadíssimo LEÃO DA MONTANHA e sua "saída pela esquerda!". O espadachim TARTARUGA TOUCHÊ e seu inseparável amigo Dum Dum. O temível xerife do oeste, PEPE-LEGAL com o seu assistente Babalu (Ei, Pepe Legalll, dizia o pequeno burrico com seu sotaque meio mexicano). OS FLINTSTONES (ia-ba-da-ba-dooooooo!!!). Os detetives OLHO VIVO e FARO FINO. Em sua lambreta JAMBU E RUIVÃO. TOM & JERRY. O PATINHO DUQUE. O valente romântico DOM PIXOTE - cantarolando seus versos "oh, querida, oh, querida, oh, querida, Clementina!". E quando era necessário entregar uma carta, onde o cão da casa era uma "fera", estrategicamente mudava a letra para: "oh querido, oh querido, oh querido, cão amigo!". BOBI PAI e BOBI FILHO. A simpática vovó Dulcina e seu cão "precioso" em O XODÓ DA VOVÓ. CHUMBINHO e BACAMARTE. Invadindo uma Base Americana no Alasca MATRACA TRICA e FOFOQUINHA. Sr. Peebles tentando, a qualquer preço, vender MAGUILA GORILA (havia uma doce garotinha, que insistia para que os pais adotassem Maguila...). Outro destemido xerife, COELHO RICOCHETE e seu auxiliar Blaublau. Sr. Twiddle e o crocodilo em fuga WOLLY GATOR. A incomparável turma de xerifes da POLÍCIA DESMONTADA. FAMÍLIA BUSCAPÉ. A inesquecível PANTERA COR-DE-ROSA - inesquecível pelas trapalhadas e a belíssima música de Henry Mancini. E, por tabela, satirizando o cinema americano: O INSPETOR.

Na televisão eu também acompanhei as peripécias de Pernalonga e sua turma. Em particular, Patolino "figura desprezível!!!", Gaguinho, Pica-Pau, Popeye, e Corrida Maluca. Em 1974 havia o Homem Aranha em desenho animado. Entre tantos outros...

Recentemente eu vi um divertidíssimo desenho, em uma TV paga, com dois "mexicanos (com sombreiro e tudo o mais) que só dão mancadas - de nomes TOURO E PANCHO - em fuga desesperada para não serem engolidos por uma cegonha. Versão curiosa de O Gordo e O Magro. Só que aqui Touro, um sapo gordo, é metido a sabichão. Enquanto Pancho é uma rã magricela com cara e atitudes idiotas (imperdível!). A rã, totalmente submissa ao amigo sapo - de quem é grande admiradora - faz-me lembrar um pensamento de Robert G. Ingersoll (1833-1899):" A submissão é a máscara da malícia."

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