E antes de Mercer tivemos o encanto de Dorothy Dandridge (1922–1965) no clássico “A Ilha dos Trópicos” (Island in the Sun/1957); de Robert Rossen (1908–1966). Já a jamaicana Grace Jones teve sua estréia no filme italiano “Quelli della calibro 38” (1976); de Massimo Dallamano (1917–1976), mas, sua marca ficou no filme “007 - Na Mira dos Assassinos” (A View to a Kill/1985); de John Glen. Outra “poderosa” foi Tina Turner: o filme era “Mad Max” (Mad Max Beyond Thunderdome /1985); de George Miller e George Ogilvie, contudo é bom lembrar que Turner teve sua “primeira vez” no filme “Gimme Shelter “ (1970); de Albert Maysles, David Maysles (1931–1987) e Charlotte Zwerin (1931–2004). Conhecemos Whoopi Goldberg por suas engraçadas atuações em filmes como “Ghost - Do Outro Lado da Vida” (Ghost/1990); de Jerry Zucker, “Mudança de Hábito” (Sister Act/1992); de Emile Ardolino (1943–1993). Curiosamente seu grande desenpenho é um drama: “A Cor Púrpura” (The Color Purple/1985); de Steven Spielberg. Mesmo sendo filha da burguesia negra do Brooklyn, a garota tinha fortes posições, pelos direitos Civis, firmes. E por causa de sua ligação com o cantor Paul Robeson - perseguido pelo macarthismo – Lana ficou sete anos na lista negra da televisão, só quebrada em 1959, quando Frank Sinatra a levou a seu programa. Louis B. Mayer, chefão da Metro, a queria contracenando com Clark Gable nos filmes, mas, por causa das pressões racistas da época, nunca consegiu realizar a façanha. Entretanto sustentou o contrato da moça durante sete anos. Na II Guerra, durante uma apresentação as tropas aliadas, viu os soldados negros empoleirados no fundo da caserna, Lena atravessou o auditório branco e foi cantar primeiro para eles. Depois disso a retiraram do front. É de Ruy Castro esta definição: “ela era negra, linda e inacessível".
Estas e outras atrizes, negras, deram grandes contribuições ao mundo da Sétima Arte. Umas pela beleza, outras pelo talento. Não esqueçamos a importância de Hattie McDaniel (1892-1952) no seu inesquecível papel de “Mammy” - a dedicada serva de Scarlett O’Hara (Vivien Leigh (1913–1967) no filme “...E O Vento Levou” (Gone with the Wind/1939); de Victor Fleming (1889–1949), George Cukor (1899–1983), e Sam Wood (1883–1949). Por seu inigualável desempenho, McDaniel levou um merecido Oscar para sua casa.
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