Hoje faz 40 anos que o
mundo perdeu um gênio da Sétima Arte. Um contador de estória...: O Poeta das Pradarias.
Uns dizem que seu nome era John Martin Feeney
(nome que recebeu ao nascer). Outros John Augustine Feeney (nome usado na
juventude). Ou ainda Sean¹ Aloysius O'Fearna
(nome como foi crismado na Igreja Católica Romana). Os amigos mais íntimos o chamavam de
"Jack". O Crítico português Paulo Rocha o definiu como "O último
poeta medieval de uma civilização eletrônica". Glauber Rocha ao encontrá-lo
em Paris, em 1968, o chamou de “o Pirata”. Os índios navajos solenemente o
chamavam de "Natami Nez" (O Alto Chefe). Quando precisou falar algo
sobre si, no filme “Asas de Águia”, chamou Ward Bond para o papel com o nome de
John Dodge. Mas, todos esses nomes
tiveram pouca importância quando, diante de uma Comissão conhecida como
"caça as bruxas” - episódio do famigerado macarthismo - em 1950, ele
identificou-se formalmente dizendo apenas: "Meu nome é John Ford. Eu faço
westerns!”.
Em sua filmografia, de 51 anos de carreira,
dirigiu 141 filmes. Ganhou 4 prêmios da Associação de Críticos Cinematográficos
de Nova Iorque e 6 Oscar - recorde ainda não igualado. 4 por longas-metranges (O
Delator/The Informer/1935); As Vinhas da Ira/The Grapes of Wrath/1940, Como era
Verde o Meu Vale/How Green Was My Valley/1941, e Depois do Vendaval/The
Quiet Man/1952) e mais 2 por documentários (A Batalha de Midway/The Battle of
Midway/1942, e December 7th/1943). É considerado "o maior cineasta
americano do período sonoro. Mestre absoluto do faroeste". Orson Welles
contava que viu o filme No Tempo das Diligências (Stagecoach) 40 vezes, antes
de filmar o consagrado Cidadão Kane (Citizen Kane). E quando lhe perguntaram
quais eram os três maiores diretores de Hollywood, respondeu: "Os velhos
mestres John Ford, John Ford e John Ford”. (fcb)
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